O serviço de urgência é um pilar fundamental do nosso sistema de saúde, criado para responder a situações graves que podem fazer perigar a vida e necessitam de tratamento rápido.
No entanto, ao longo dos últimos anos, temos assistido a um aumento continuado do número de pessoas que recorrem aos serviços de urgência por queixas cuja gravidade não o justifica oque, naturalmente, resulta num aumento dos tempos de espera e a uma elevada sobrecarga de todos os profissionais de saúde. Esta realidade é ainda mais preocupante, pois compromete o atendimento rápido e eficiente daqueles doentes com patologias graves, que necessitam de cuidados imediatos.
Para que se minimizem estas situações, quando não são casos emergentes, é importante que cada um possa fazer uma gestão ponderada e serena do recurso aos serviços de urgência, procurando alternativas mais adequadas, como consultas médicas nas unidades de saúde familiar / centros de saúde ou, antes de se deslocar a qualquer hospital, recorrendo sempre inicialmente às linhas telefónicas de apoio – SNS 24 / SNS grávida / INEM. Estes serviços são preparados para resolver problemas de saúde menos urgentes, sem a necessidade de recorrer aos serviços de urgência.
Ao escolher a opção mais apropriada, está a ajudar a garantir que quem realmente precisa de atendimento imediato, como as vítimas de acidentes, pessoas com doenças graves ou situações de risco de vida, possam ser atendidos rapidamente e sem demora.
Por isso, apela-se à responsabilidade de cada um. Se não recorrer aos serviços de urgência em situações que podem ser resolvidas de outra forma, contribui para o bom funcionamento do sistema de saúde e, acima de tudo, para salvar a vida de quem a tem em risco.
Sempre que tiver necessidade de atendimento médico e não for evidente uma situação muito grave / emergente, ligue sempre para SNS 24 ou outras linhas de apoio.
A sua colaboração faz a diferença. Juntos, conseguiremos garantir um atendimento mais rápido e eficaz para todos.
Cuidar de todos começa com a consciência de cada um.
Ana Pidal, Direção do Serviço de Urgência da ULS estuário do Tejo