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Lixos junto a armazéns e habitações são preocupação em Vialonga

A freguesia de Vialonga debate-se com o flagelo da deposição de resíduos provenientes da construção, monos, entre outros em várias partes da localidade. É assim na Área Urbana de Génese Ilegal (AUGI) da Fonte Santa, conforme atestam fotografias feitas chegar à nossa redação. A população ouvida pelo Valor Local queixa-se ainda que a estrada principal carece de alcatroamento a que se soma a falta de ecopontos nesta zona de Vialonga. Mas é na Rua Casal dos Cavaleiros, Quintanilho, já nos limites da freguesia, num núcleo empresarial que a maioria dos despejos são efetuados. João Tremoço, presidente da junta de Vialonga, confirma que não se trata de resíduos provenientes dessas mesmas empresas, mas de outras que na calada da noite se dirigem ao local.

“Estamos a falar de uma extensão que neste momento vai em 200 metros. É algo muito grave. Temos desde móveis, restos de obras, de tudo um pouco. A Câmara vai lá pelo menos uma vez por mês e sem exagero enche três ou quatro camiões de lixo. Não sei como é que vamos resolver este problema”. Os responsáveis dos armazéns de logística estão preocupados, até porque alguns têm de cumprir certificação ambiental, e o depósito de lixos a céu aberto invalida essa perspetiva. O Serviço de Proteção da Natureza da GNR tem-se deslocado ao local com levantamento de autos.  “Chegam a vir pessoas de fora do concelho depositar lixos aqui”. Nota que muitos desses resíduos dizem respeito a empreitadas “em que os responsáveis preferem depositar a céu aberto e não pagarem a empresas para receber os entulhos”.

João Tremoço assegura que para tudo há solução, e quando as empresas ou os particulares necessitarem de se livrar de monos ou determinados lixos podem ligar para a junta ou se esta autarquia não puder colaborar, “podemos contactar a Câmara para encaminhar devidamente esses resíduos”.

O município ouvido pelo Valor Local assegura que as intervenções no local com vista à retirada dos resíduos ocorrem sempre que sejam deposições, pese embora a autarquia já tenha sido alertada para a questão mais do que uma vez pela oposição, nomeadamente, através do Chega. Têm sido realizadas ações de fiscalização com intervenção das forças policiais, mas desconhece-se se foram identificados presumíveis autores, denunciados pelo tipo de resíduos encontrados.

No que respeita à Augi, o presidente da junta dá conta que de acordo com a informação que obteve da Câmara de Vila Franca de Xira, a autarquia liderada por Fernando Paulo Ferreira estará a infraestruturar a zona e a colocar saneamento. Estará “previsto ainda alcatroar as ruas S e R” que “ainda nem sequer têm toponímia”. O autarca não nega que a falta de infraestruturação no bairro “está a preocupar as pessoas e sempre que há pequenos deslizamento de terras, a junta desloca-se ao local e tenta resolver as situações”. Quanto aos ecopontos “pelo que sei a Câmara está apenas a repor caixotes”.

À nossa reportagem o município, dá a conhecer que as obras dos arruamentos deverão arrancar no mês de julho, e contemplarão ainda os respetivos passeios, sumidouros e ligação à rede de drenagem de águas residuais pluviais, bem como alcatroar as ruas acima indicadas pelo presidente da junta.

A área de intervenção, de cerca de 5.223 m2, compreende o troço de dois arruamentos paralelos, situados entre a Avenida da Liberdade a norte, e a Rua Soeiro Pereira Gomes a sul, e parte da Avenida da Liberdade.

A empreitada foi adjudicada pelo valor e 368 mil euros, estando em fase de habilitação para celebração do respetivo contrato, sendo que, no local, já se encontra a decorrer uma empreitada de saneamento por parte dos SMAS. Contudo nesta empreitada não está prevista a colocação de ecopontos.

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