As Festas de São Pedro estão de regresso a Alverca entre os dias 25 e 29 de junho, trazendo consigo um programa recheado de música, tradição, diversidade cultural e muita animação. Estes são os últimos festejos organizados pelo atual executivo da Junta de Freguesia de Alverca-Sobralinho, liderado por Cláudio Lotra. O presidente faz questão de sublinhar que a edição de 2025 mantém o mesmo espírito dos anos anteriores, mas com “uma abertura em grande” e uma “aposta clara em valorizar o talento local”.
“O modelo das festas mantém-se, foi aquele que começámos a implementar em 2022. Apostámos numa programação diversa, para todos os gostos e idades, e com uma estrutura estável em termos de investimento”, explica Cláudio Lotra. “Este ano não gastámos mais por ser o último. O importante foi sempre dignificar estas festas e a cidade, e penso que conseguimos consolidar um modelo que hoje é reconhecido pela população.”
A grande abertura cabe a Quim Barreiros, figura da música popular portuguesa, que promete dar início às festividades com muito humor e boa disposição. “Queríamos começar com um nome forte e acarinhado pelo público. O Quim Barreiros encaixa perfeitamente nesse espírito de festa e é um artista de referência para muitos alverquenses”, afirma o autarca.
“Mão Cabeça” banda revelação de Alverca é também figura de cartaz
Um dos momentos mais aguardados do programa será a atuação dos Mão Cabeça, jovens músicos vencedores do Alverca Bandfest, um concurso de bandas promovido anualmente pela Junta de Freguesia. Na edição deste ano, que contou com mais de 20 bandas inscritas, os Mão Cabeça destacaram-se entre os dez finalistas, conquistando o primeiro prémio do júri e garantindo automaticamente um lugar no palco principal das Festas de São Pedro.
“O concurso já vai na sua terceira edição e tem sido uma aposta ganha. É mais do que uma competição: é uma plataforma para dar visibilidade a novos talentos e para estimular a criação musical na nossa freguesia. Os Mão Cabeça, por exemplo, depois de vencerem o Bandfest e integrarem o cartaz das festas da cidade, foram convidados para abrir um dos concertos principais do Nos Alive. Isto diz muito sobre a qualidade e o potencial desta geração”, refere Cláudio Lotra, com visível orgulho.
A atuação dos Mão Cabeça acontece na quinta-feira, numa noite dedicada à juventude, que contará ainda com os Karpe Diem, banda de Alverca que celebra 35 anos de carreira e que promete trazer um toque de nostalgia aos que viveram a sua juventude nos anos 90 e 2000.
Marchas, pagode brasileiro e sardinha assada
O cartaz das festas continua a refletir uma forte ligação à identidade local. Na sexta-feira, regressam as Marchas Populares na rua Capitão Melessas, uma iniciativa implementada pelo atual executivo e que “rapidamente conquistou o carinho da população.” A noite contará ainda com uma banda de pagode brasileiro, numa homenagem à significativa comunidade brasileira residente em Alverca, e termina com a atuação energética dos Cais do Sodré Funk Connection.
Sábado é a vez da tradicional Noite da Sardinha Assada, que junta convívio, petiscos e música popular. O humorista Marco Horácio, na pele do irreverente fadista Roxinol Faduncho, será o cabeça de cartaz e promete arrancar gargalhadas com o seu “fado humorístico”.
Presidente da União de freguesias orgulha-se do cunho que deu às festas
Domingo, dia de São Pedro, será marcado por uma vertente mais religiosa, com a habitual missa e procissão pelas ruas da cidade. A encerrar os festejos, haverá concerto dos Virgem Suta e o tradicional espetáculo de fogo de artifício, que marcará simbolicamente o fim de mais uma edição – e, com ela, o ciclo do atual executivo.
Para Cláudio Lotra, o sentimento com que se despede da organização das Festas de São Pedro é de missão cumprida. “Olhamos para trás com orgulho por termos consolidado estas festas como um ponto alto da vida cultural e social de Alverca. São dias vividos com intensidade, onde se reforçam laços entre vizinhos, entre gerações e entre culturas. Se deixarmos esse legado, então valeu a pena.”
Com uma programação equilibrada entre nomes consagrados e novos talentos, tradição e inovação, espiritualidade e celebração popular, as Festas de São Pedro de 2025 voltam a afirmar-se como um dos momentos mais vibrantes da vida da cidade – e um exemplo de como uma freguesia pode apostar na cultura para fortalecer a sua identidade.