A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo acabou de renovar a licença de atividade da Triaza em Azambuja para o aterro de resíduos industriais não perigosos. A informação foi adiantada ao Valor Local pela presidente daquele organismo estatal, Teresa Almeida. No dia 19 de maio foi a vez da Agência Portuguesa do Ambiente renovar a licença ambiental para mais quatro anos. Para continuar a laborar e conseguir abrir mais uma célula, dado que a atual já se encontra no limite da sua capacidade, a empresa necessita da terceira licença para prosseguir a sua atividade de tratamento de resíduos, a de movimentação de terras com vista à segunda célula, a ser conferida pela Câmara de Azambuja, que se mantém irredutível neste aspeto.
“Não vamos dar essa licença, a que eles possuem é com vista ao fecho da célula existente”, refere Luís de Sousa, presidente da Câmara à nossa reportagem, que adianta que o litígio com a empresa continua entregue aos advogados. O autarca adianta que a única célula ativa já ultrapassou a cota em altura há muito tempo, o que configura uma situação de ilegalidade a ser dirimida nesta contenda.
Apesar de já ter na mão as duas licenças passadas pelos organismo do Estado, sem a licença de construção, afigura-se difícil a continuidade da atividade do aterro no curto médio prazo para além da célula existente há largos meses no limite da sua capacidade. Com luz verde por parte das entidades estatais, a Câmara fica isolada neste braço de ferro que estará na disposição de manter até às últimas consequências.
O processo de renovação da licença ambiental esteve em fase de consulta pública no final do ano passado. A unidade da Mota-Engil está projetada para 16 hectares, na Quinta da Queijeira, composta por três células, para um total previsto de 852 mil toneladas de resíduos enterradas durante 17 anos.