As cidades de Alverca e Póvoa poderão integrar o conceito defendido pela União Europeia das cidades sustentáveis onde grande parte dos serviços e empregos estará a 15 minutos de distância. Fernando Paulo Ferreira, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, deu conta disso aos eurodeputados do PS, que visitaram esta sexta-feira o Parque Ribeirinho, Moinhos da Póvoa na Póvoa de Santa Iria.
Alverca está caminho de uma grande modificação, sobretudo depois da construção da primeira Loja do Cidadão e de outros projetos, tendo em consideração, os transportes e a sua distância, quer para a Lisboa, quer para a sede de concelho. Mas nesse sentido, está também a “correr” a cidade da Póvoa de Santa Iria. O parque ribeirinho é um desses exemplos que foi visitado pelos eurodeputados, no âmbito “Roteiros da Europa”.
Para o presidente da Câmara, este “é o caminho”, baseado na “ideia de que os territórios devem ser multifacetados, e devem permitir uma mobilidade suave rápida entre diversos locais, e ter no mesmo território um espaço de vida, de trabalho e de lazer que se concretizam em tudo o que é a zona ribeirinha do concelho de Vila Franca de Xira”.
Fernando Paulo Ferreira sustenta que o próximo passo passa por terminar os últimos 5 quilómetros de frente ribeirinha na zona de Alverca, e num futuro próximo, em parceria com o concelho de Alenquer, chegar à zona ribeirinha na Vala do Carregado.
Aliás, o passeio ribeirinho, Moinhos da Póvoa é um espaço que alia o ambiente à sustentabilidade, e está no topo dos projetos sustentáveis do concelho e no eixo “Loures – Vila Franca”, tendo em conta que o município conseguiu com que algumas empresas deste eixo, se juntassem pela causa, com a instalação de painéis fotovoltaicos, diminuindo assim a sua dependência energética externa e a pegada ecológica.
Fernando Paulo Ferreira sublinha que este projeto pode ser “um exemplo para a Europa inteira” e explica que “estamos a transformar o nosso território perfeitamente alinhado com o país e com a Europa no que diz respeito à descarbonização”.
O presidente da Câmara recorda que o caminho passa por conseguir criar espaços de economia circular “porque há indústrias com emissões de CO2 que podem ser captadas e utilizadas, por exemplo, na produção de microalgas que se alimentam desse gás”, assim como pela utilização das águas residuais tratadas que podem ser utilizadas também na produção de microalgas que pode ser expandida.
O autarca sublinha que “já temos a maior produção de microalgas da Europa, mas pode ser expandida, e nós podemos ter aqui um biocluster entre Loures com quem aliás estamos a trabalhar com o presidente Ricardo Leão, e Alhandra”. Como tal salienta que Vila Franca de Xira poderá ter aqui “um grande cluster que trata as emissões negativas ao invés de poluir, transformando o CO 2 em oxigénio, e isso é um exemplo para a Europa inteira”. Fernando Paulo Ferreira falava da empresa Green Aqua Póvoa que é um exemplo nesta matéria de ambiente e sustentabilidade, com um trabalho desenvolvido de forma pioneira em Portugal e que também foi um dos exemplos apresentados aos Eurodeputados.
Ouvidos pelo Valor Local, os deputados Sara Cerdas, Carlos Zorrinho, João Albuquerque e Maria Manuel Leitão Marques foram unânimes em considerar este um projeto inovador em Portugal.
Sara Cerdas referiu a importância destes projetos, afiançando que os empresários e os autarcas portugueses estão no bom caminho. Carlos Zorrinho, vincou a importância do Cluster entre as empresas no eixo, Loures – Póvoa, referindo que o mesmo constitui um bom exemplo de práticas em empresas pela sustentabilidade. Também João Albuquerque, referiu-se a esta como uma boa iniciativa, sublinhando que a estratégia europeia de combate às alterações climáticas foi bem aplicada no concelho de Vila Franca de Xira.
Ouça esta reportagem na íntegra, no próximo Programa “Hora Local” na terça-feira com a Jornalista Silvia Agostinho, pelas 18 horas.
1 Comment
Boa tarde
Tanta conversa.
Deviam também ter ido à zona ribeirinha do Forte da Casa para ver os armazéns a ser construídos que são óptimos para a pegada mas é a desecológica. Serão camiões e camiões a circular pela ponte que liga a zona ribeirinha à N10. Câmara do Partido Socialista que não só não incluiu como votou contra a abertura do Nó dos Caniços que poderia ajudar a fazer o escoamento desse trânsito.
Concelho onde desde o Sobralinho à passagem para S. João dos Montes se demora mais de 30m devido aos sinais de trânsito porque não foram feitas umas simples rotundas digo que conversa há muita… Quem pense e projecte o melhor é que não há. É muito gabinete e andar onde há os problemas não. Para as fotos e propaganda eleitoral são do melhor…
Cumprimentos