Claúdia Martins, candidata CDU à Câmara de Vila Franca “com Orgulho e Responsabilidade”
O Salão Nobre da “Quinta da Piedade” na Póvoa de Santa Iria foi pequeno para a apresentação da candidatura de Cláudia Martins à Câmara de Vila Franca pela CDU. A candidata que se emocionou na fase final do seu discurso a ouvir palavras de incentivo, declarou aceitar este desafio “com orgulho e responsabilidade”.
Com uma plateia cheia de militantes, o momento foi aproveitado para fazer críticas à gestão do PS desde 1997. Para os comunistas, o PS tem feito as opções erradas, sendo necessário “olhar para o futuro”.
No seu discurso de apresentação, a candidata sublinha que é necessário “investir de forma urgente e prioritária na higiene, recolha de resíduos e limpeza, porque uma cidade limpa é uma cidade que cuida das suas gentes”.
Por outro lado, refere que é importante “colocar a Câmara ao serviço das pessoas, porque é urgente exigir do Governo o cumprimento do acesso à saúde, e exigir os profissionais de saúde em falta para os centros de saúde” garantindo que os comunistas não serão “coniventes com a encerramento das urgências pediátricas e de ginecologia do nosso hospital, nem com o regresso das PPP e do negócio à custa da doença”.
Claúdia Martins aponta algumas questões prementes no concelho e garante que se a CDU foi o projeto mais votado “vamos estudar e resolver os problemas de trânsito e estacionamento, porque a mobilidade é um direito de todos”, podendo privilegiar “os transportes públicos e o reforço da oferta rodoferroviária”, encarando este desafio como um dos maiores desafios para o desenvolvimento do nosso concelho.
Por outro lado, assegura também o apoio e a dinamização “do movimento associativo” e garante “fazer da cultura e do desporto com os agentes locais, porque uma comunidade ativa, uma comunidade integrada, é sem dúvida uma comunidade forte”. Em suma a CDU quer “mudar o estilo e forma de gerir a Câmara Municipal”.
Claúdia Martins recorda igualmente a gestão da CDU. Esta foi a força política que dominou o concelho até à chegada de Maria da Luz Rosinha em 1997. A candidata diz que a CDU deve orgulhar-se do passado, mas sublinha que também deve olhar para a frente.
No seu discurso, recordou que no dia a dia “muitos ainda nos falam das iniciativas realizadas pela CDU há cerca de 30 anos. Iniciativas que marcaram gerações e que mostram que com vontade tudo é possível”, e garante: “Hoje com mais meios do que tínhamos no passado, imaginem lá, camaradas, o que é que nós vamos fazer por esse concelho fora”.
A candidata reforça que o concelho “tem identidade própria”, e por isso diz-se contra os projetos do atual executivo socialista para a Escola da Armada. Para a CDU, este espaço que vai receber o novo tribunal deverá ser mantido “ao serviço das pessoas”. No entanto em entrevista ao Valor Local, o atual presidente da Câmara, Fernando Paulo Ferreira anunciou depois do tribunal construído, o restante espaço, não todo, vai ser colocado no mercado, podendo nascer naquele terreno algum tipo de urbanização, semelhante àquelas que já estão em fase de acabamento na Póvoa de Santa Iria.
Ora, face a estas declarações, a CDU através da candidata, sublinha a sua oposição a esta ideia, que segundo Claúdia Martins está à merce da especulação imobiliária “com o alto patrocínio do Partido Socialista”
Claúdia Martins remata: “Não vamos permitir que o nosso concelho seja chutado para a periferia da capital. Vila Franca de Xira tem identidade, vida, história e futuro. Não somos o apêndice de Lisboa, nem seremos um dormitório”.
