A tempestade Martinho já lá vai, mas os estragos são bastante visíveis no concelho de Sobral de Monte Agraço. Um dos maiores constrangimentos acontece na Estrada Nacional 248 que liga aquele concelho ao de Torres Vedras. A estrada cedeu já no concelho de Torres, na aldeia de Dois Portos, e o município torreense ainda não procedeu à reparação. Permanece encerrada ao trânsito por precaução. José Alberto Quintino, presidente da Câmara do Sobral, fala num enorme transtorno para a população do concelho que se dirige para Torres todos os dias nos seus trajetos.
José Alberto Quintino sabe que a Infraestruturas de Portugal terá ainda de proceder a uma intervenção no local. O Valor Local contactou o vereador Nelson Aniceto da Câmara de Torres Vedras para apurar o ponto de situação, mas não foi possível. Foi falado entre as duas Câmaras que poderia ser construída uma estrada alternativa por parte do município de Torres, face ao deslizamento de terras em causa, ao mesmo tempo decorreriam os trabalhos de requalificação da Nacional 248, contudo “não se comprometeram com prazos”.
“Da parte da Câmara do Sobral não há nada que possamos fazer, porque a Câmara de Torres recebeu a estrada, dado que o deslizamento de terras aconteceu nesse concelho. Não temos capacidade de intervenção para além de pressionar”.
Para já a população do Sobral tem como alternativas para chegar a Torres, a A8 e a estrada de S. Domingos de Carmões, em que terá de ser feita a ligação por Via Galega através de um desvio até se chegar a Dois Portos, já depois do aluimento de terras. Torna-se mais difícil a circulação neste trajeto para os pesados, “porque se trata de uma estrada muito estreita e com pouca largura”.
O autarca dá conta que neste momento este pesadelo nas estradas do concelho estende-se ainda às obras entre Sobral e Arruda. Por outro lado, a tempestade Martinho causou ainda estragos na Nacional 115 com “uma queda de estrada que temos junto ao Forte do Alqueidão”. O trânsito processa-se alternadamente com sinalização semafórica, “dado que ainda nenhuma intervenção foi feita pela IP apesar das nossas insistências”. Para juntar ao rol, deu-se ainda a queda também de metade da via, junto ao Pé do Monte , na Nacional 248-2, “que está também seriamente afetada e o trânsito tem que ser feito alternadamente, porque metade da via deslizou e necessita de ser resolvido, esse conjunto de situações”.
