Entre os dias 12 e 21 de setembro, Sobral de Monte Agraço volta a acolher as tradicionais Festas e Feira de Verão. Com um programa consolidado ao longo dos últimos anos, a edição de 2025 reforça o envolvimento da comunidade local e do movimento associativo, mantendo o modelo dos outros anos: “um evento para todas as idades, gratuito e com uma forte componente cultural, desportiva e recreativa”, sublinha ao Valor Local, o vice-presidente da autarquia, Luís Soares.
A programação deste ano inclui mais de 50 atividades, desde concertos e eventos de rua até oficinas, exposições e feiras temáticas. O Palco Sobral, junto à zona das associações, volta a ser o epicentro da animação, servindo como palco para artistas locais e nacionais. Luís Sobral destaca o envolvimento ativo das coletividades como um dos pilares do evento, sublinhando que esta é uma festa feita “de todos e para todos”.
O cartaz musical aposta em nomes reconhecidos do panorama nacional. Entre eles, destacam-se Marisa Liz, que abre o certame na primeira sexta-feira, dia 12, e Diogo Piçarra. Além disso, os D.A.M.A., Bandidos do Canto, Os Marotos da Concertina e o tradicional Festival de Folclore completam uma programação musical variada e abrangente.
Largadas de touros são ponto alto
Por outro lado, as Largadas de Touros assumem-se como um dos grandes símbolos das festas. Esta tradição, por sua vez, está profundamente ligada à cultura local e à forte influência do Ribatejo. Mais do que simples espetáculos, as largadas evocam costumes antigos e, ao mesmo tempo, incentivam a participação popular.
Milhares de pessoas acompanham e celebram estas largadas. O ambiente é de festa e animação de rua. O espetáculo junta tradição, emoção e cultura popular. Mesmo com grande impacto e público, a entrada é gratuita.
Um dos momentos altos do evento será a recriação histórica e cultural “Entre a Vinha e o Vinho, Memórias com Sabor”, que terá lugar no primeiro domingo das festas. Inspirado na herança vitivinícola do concelho, o evento inclui uma feira de vinhos, mostra etnográfica, recriações de antigas profissões, gastronomia local e animação para todas as idades. O objetivo, segundo o autarca, é transmitir às novas gerações o valor da memória coletiva e da economia rural que outrora moldou a identidade local.
Coletividades em destaque e cultura viva além das festas
As coletividades do concelho têm um papel central na dinamização das festas, não só participando ativamente nos eventos e no espaço associativo junto ao palco principal, mas também como elemento agregador da comunidade. A autarquia reconhece a importância de manter o tecido associativo local ativo e saudável, promovendo sinergias entre associações culturais, desportivas e recreativas. Para muitas delas, a participação nas festas é uma oportunidade de visibilidade, de reforço de identidade e de envolvimento com a população.
Fora do programa oficial, mas alinhada com a estratégia cultural do município, encontra-se a exposição “O Amor Não Tem Forma”, patente até ao início das festas na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal. A mostra reúne obras de fotógrafos do concelho que exploram o tema do amor em várias dimensões – desde o amor familiar até ao afeto por animais de companhia. Esta iniciativa integra o Plano Municipal para a Igualdade, “reforçando o compromisso do município com a diversidade e a inclusão.”
Luís Soares reforça que, mais do que um evento cultural, as Festas e Feiras de Verão são um espaço de reencontro e de fortalecimento do tecido social do concelho. A articulação entre associações, empresas e a autarquia é, segundo o autarca, fundamental para o sucesso da iniciativa e para o desenvolvimento sustentável do território. Destaca ainda o apoio do comércio e dos empresários locais, cujo contributo é essencial para a realização das festas.
