Grande parte dos novos habitantes de Arruda dos Vinhos aponta a qualidade de vida como o principal fator para se fixarem no concelho. A conclusão está espelhada num estudo que o município efetuou tendo em conta a agenda “Arruda 2035”. São cerca de 39,8 por cento os habitantes que dizem estar muito satisfeitos, tendo em conta o inquérito levado a cabo por uma empresa externa em que inquiriu cerca de 224 habitantes. Arruda dos Vinhos foi um dos concelhos que mais cresceu nos últimos censos, o que está espelhado também, neste documento, apresentado no Dia do Município.
A educação, a saúde e a habitação, foram de restos os vetores com maior índice de aceitação por parte dos inquiridos, já que também o município tem vindo a aposta no ensino como uma das bandeiras de excelência, e no desenvolvimento do concelho através do projeto Arruda Lab, que tem mostrado os seus frutos.
Deste estudo realça-se o facto de os habitantes apontarem ainda insuficiências aos transportes e telecomunicações, mas também no que toca aos serviços públicos, nomeadamente, a partir de freguesias mais pequenas, como Cardosas ou Arranhó e S. Tiago dos Velhos.
Carlos Alves, presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos, relevou os dados deste estudo, e concluiu que dele saem os desafios para os próximos anos. Integrada na Convenção Arruda 2035, a apresentação destes documentos poderá ter em conta “a construção coletiva daquilo que é o nosso entendimento ou que poderá ser uma estratégia para o futuro do nosso concelho”.
Sob o tema da habitação, algo que vai ser um desafio para os próximos anos, e tendo em conta o “Arruda 2035”, Carlos Alves refere esse como “um dos pilares fundamentais para um desenvolvimento sustentável e para a qualidade de vida da nossa população”.
Para o autarca “a forma como planearmos e gerirmos os nossos territórios determinará se conseguiremos atender às necessidades da nossa população de forma inclusiva, eficiente e também resiliente para a próxima década”.
O autarca revelou que o seu concelho “pretende implementar políticas habitacionais que equilibrem a oferta e a procura, mas também promovam a inclusão social e assegurem um desenvolvimento urbano sustentável através da visão e implementação de instrumentos estratégicos, como são a Estratégia Local de Habitação, e o PDM”.
Sobre o estudo, o autarca salienta que as suas conclusões devem inspirar e orientar os autarcas locais “para que possamos passar juntos um caminho mais justo e sustentável para a Arruda” e conclui que o município se compromete a estar “empenhado em transformar as ideias discutidas aqui em ações concretas”, apelando “à colaboração de todos os sectores da sociedade, público, privado, comunitário” para que seja possível “enfrentar os desafios e alcançar a visão de um futuro melhor para todos”.