As contas são do PSD de Azambuja que, após analisar o Relatório Anual de Segurança Interna, concluiu que em 2023 “a criminalidade aumentou 11,36% no concelho de Azambuja”. Os dados são oficiais e dão conta que o crescimento da criminalidade “é maior do que o verificado em concelhos vizinhos e com mais população”, nomeadamente, Santarém onde as participações criminais cresceram 6,12 por cento, em Vila Franca de Xira onde a subida foi de 9,8 por cento e no concelho de Alenquer o aumento foi de 11,05 por cento.
Por isso, Margarida Lopes, presidente da concelhia laranja, pediu com carácter de urgência reuniões com os comandantes dos postos territoriais da GNR de Azambuja e Aveiras de Cima. Margarida Lopes sublinhou ao Valor Local que já não é possível “continuar a enfiar a cabeça na areia e fazer de conta que está tudo bem. Não está”, refere a responsável do PSD local, que disse também ser necessário agir, porque “as pessoas do concelho de Azambuja merecem tranquilidade e segurança”.
Entretanto o PSD Azambuja já reuniu com o comandante do Destacamento Territorial de Alenquer e com os comandantes dos Postos de Azambuja e de Aveiras de Cima, onde foram abordados entre outros temas a necessidade do reforço de efetivos da “Guarda” nos dois postos que servem o concelho de Azambuja.
Margarida Lopes lembra que “o quadro de efetivos está abaixo do previsto” e recorda que “em 2022 o Posto de Azambuja tinha 28 militares e atualmente tem 24” e enfatiza a existência de dificuldades “na fixação dos militares da GNR em Azambuja” referindo que nos outros municípios “existem benefícios criados pelas câmaras municipais para fixar os militares da GNR, como a redução do IMI e das taxas pela utilização de equipamentos desportivos e culturais, o que não acontece com a Câmara Municipal de Azambuja”.
A presidente do PSD Azambuja defendeu junto dos responsáveis da GNR a necessidade de “mais patrulhamento, mais presença nas nossas vilas e aldeias e menos ações que parecem ser de caça à multa”, situações que têm vindo a acontecer nos últimos meses em algumas artérias das vilas de Azambuja e de Aveiras de Cima, segundo relatos também conseguidos pelo Valor Local de que têm vindo a aumentar o sentimento de insegurança, nomeadamente, não só em locais mais isolados como também nas vilas de Azambuja e Aveiras de Cima.
Ouvida pelo Valor Local, Margarida Lopes, sustenta que “o sentimento de insegurança, particularmente das pessoas mais idosas, também tem de ser combatido” e nesse sentido defende “que uma maior presença dos militares da GNR dá tranquilidade às pessoas e às famílias”.