A generalização da frequência da Escola Pública é talvez a par da generalização do Serviço Nacional de Saúde, universal e gratuito, seguramente das maioríssimas conquistas do Portugal democrático. É na escola, e pré-escola, publicas que se inicia o processo de aprendizagem que conduz à formação e desenvolvimento integral das nossas crianças e jovens.
A frequência da Escola Pública continua a significar para muitos milhares de crianças e jovens, especialmente aqueles que são oriundos de famílias de menores rendimentos, um verdadeiro elevador social que tem permitido a essas crianças e jovens ambicionarem a novos desafios pessoais e profissionais e melhorarem efetivamente as suas condições de vida.
A generalização da Escola Pública tem sido uma verdadeira revolução no nosso Pais. Acrescento aqui a generalização da frequência do Ensino Superior com todas as consequências conhecidas e reconhecidas no que significa mais e melhores ofertas de emprego, melhores salários e maiores índices de satisfação e felicidade.
Por tudo isto, e muito mais é tao importante a aposta na Educação e na Escola Pública que o atual governo tem vindo a levar a cabo. “O ano letivo fica marcado com um sinal mais pela recuperação do tempo de serviço dos professores”. Esta declaração não é do Ministro da Educação, Fernando Alexandre, mas sim do insuspeito Mário Nogueira, líder da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), que ainda há poucos meses se recusara a assinar o acordo com o Governo por considerar a proposta do ministério da Educação simplesmente “inaceitável”. Nada de novo, a primeira fidelidade dos sindicatos afetos à CGTP nunca foi para com os seus sindicalizados, os professores e educadores, mas sim para com o PCP e isso impossibilita qualquer acordo, seja ele qual for, com um Governo de centro-direita. Mas isso não constitui qualquer novidade.
A novidade é sim a criação de condições objetivas para pacificação da Escola Pública e termos finalmente um arranque do ano letivo 2024/25 num clima de pacificação e normalidade na Escola Pública coisa a que já não estávamos habituados nos últimos anos.
Mais, este acordo celebrado com os professores tem ainda outro alcance, que não é menor, e que tem a ver com a valorização e atratividade da carreira de professor que tem entrado em declínio nos últimos anos. É necessário que os jovens estudantes voltem a interessar-se pelos cursos superiores nestas áreas da educação e formação e que a carreira docente volte a ter o prestígio e reconhecimento social que já teve no passado. E isso também passa por remunerar melhor os profissionais.
É preciso valorizar e considerar os professores e os educadores, afinal eles são os arquitetos construtores do nosso futuro coletivo. O governo andou muito bem neste tema !!