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Câmara de Vila Franca processa cidadão que interrompeu reunião com duas cabeças de porco

A Câmara de Vila Franca de Xira vai apresentar queixa ao Ministério Público do cidadão que esta quarta-feira, 25 de setembro, “despejou” duas cabeças de porco autênticas na mesa do executivo e ainda a pingarem sangue. A inusitada situação que aconteceu em plena reunião de câmara, no período de intervenção do público, gerou alguma confusão entre os presentes, incluído, autarcas que não queriam acreditar no que estavam a ver.

Djalme dos Santos pertencente à associação Habeas Corpus, chegou à sala onde decorria a reunião descentralizada na vila do Sobralinho, abriu um saco e pousou na mesa, literalmente, duas cabeças de porco. Djalme dos Santos começou por dizer que representava uma associação de direitos humanos, e fez alusões a opções tomadas pelos autarcas e pelas autarquias no plano dos direitos LGBT. O cidadão que referiu que na véspera tinha estado com a associação a limpar as ruas de Alverca, ironizou quando referiu querer apresentar duas candidaturas do PS e PSD. Foi nesse momento que retirou duas cabeças de porco, e as depositou junto de Fernando Paulo Ferreira, presidente da Câmara, e do vereador do PSD, David Pato Ferreira. A situação começou a adensar-se, levando o presidente da Câmara a interromper a reunião e a chamar a PSP para identificar Djalme dos Santos.

Aos jornalistas, à margem da entrega do terreno do novo tribunal de Vila Franca pela ministra da Justiça, que decorreu da parte da tarde, Fernando Paulo Ferreira confirmou a apresentação da dita queixa. “Vamos apresentar queixa contra o cidadão em questão e vamos apresentar queixa contra a associação que ele diz representar, uma vez que disse que estava ali em representação daquela associação”.

O presidente da Câmara considera “absolutamente inadmissível interromper uma reunião de um órgão autárquico daquela maneira”, e acrescenta que os factos levaram a que se tornasse “completamente impossível continuar com a reunião, por razões de segurança e por questões de salubridade, porque o cavalheiro em questão resolveu despejar ali um conjunto de dejetos e de cabeças de animais”.

Ao Valor Local, o autarca diz que pouco vai mudar na orgânica das reuniões do executivo. Não está a ponderar ter um polícia à porta, e considera que até ver, os munícipes poderão continuar a apresentar os seus casos, sem inscrição prévia, algo que já se faz noutros municípios. Fernando Paulo lamenta o sucedido, e assegura que ficará atento a situações semelhantes no futuro.

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