Presidente da Câmara de Vila Franca quer vender Escola da Armada

O projeto idealizado pelo antigo executivo da Câmara de Vila Franca de Xira, liderado por Alberto Mesquita, para o antigo espaço da Escola da Armada na entrada sul de Vila Franca de Xira pode não sair do papel. Em exclusivo na Rádio Valor Local, o presidente da Câmara, Fernando Paulo Ferreira, deu conta que o empreendimento que contempla edifícios antigos e um vasto espaço exterior deve ser colocado no mercado. Recorde-se que o município adquiriu os imóveis por 8,1 milhões de euros em 2017.

Fernando Paulo Ferreira demonstrou durante a entrevista que o principal era acautelar a construção do novo tribunal naqueles terrenos, bem como contemplar uma área para o alargamento da prática desportiva. O antigo imóvel do Estado que esteve à mercê do vandalismo, durante anos, e que compreende uma área total de 126 mil m2 deve seguir, no seu entender, para o mercado imobiliário.

Presidente da Câmara não se importa que surja um novo Vila Rio, desta vez em Vila Franca

“O resto do terreno da Marinha deve ser colocado no mercado, porque Vila Franca precisa de economia, e de investimento privado no nosso território. Aquilo tem todas as condições para se replicar um novo bairro, um bairro ribeirinho, à luz, por exemplo, do que está a ser feito na Póvoa de Santa Iria com o bairro Vila Rio, que é uma coisa de qualidade, sendo uma extensão, praticamente, do Parque das Nações”, apontou durante a entrevista, acrescentado que esta é uma solução que também gostaria de ver replicada na ponta oposta da cidade, junto ao pavilhão da UDV. Mais habitação de qualidade seria no seu entender a receita para que a cidade pudesse também crescer do ponto de vista económico e social. E salienta neste aspeto, o contributo que o município procurou dar, neste mandato com o Business Improvement District, “já na perspectiva de preparar o comércio local para os desafios que aí vêm”. Fernando Paulo Ferreira não tem dúvidas- quer colocar à venda os terrenos da Escola da Marinha o mais depressa possível.

Para trás fica então e para já, o projeto de Alberto Mesquita que visava a reconversão urbanística daquela área contemplando para além do tribunal e da zona desportiva, que prosseguem, a implantação de espaços de serviços, comércio, lazer, desporto, ensino superior e uma parte com menos espaço dedicada à habitação.