Ana Infante que assumia funções como presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santarém (HDS), desde 2018, anuncia em comunicado de imprensa o seu abandono de funções. A responsável diz que agora é tempo de ser designado pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde “alguém que possa responder melhor aos anseios e desafios que o SNS tem para com esta população.” “Na hora da partida, é importante fazer um balanço do que foi feito. As dificuldades foram grandes, mas as realizações muito mais significativas e gratificantes!”, acrescenta.
Ana Infante refere alguma daquela que considera ter sido a sua obra no hospital como a conclusão das obras do bloco operatório central e de partos; o combate à pandemia Covid-19; a criação do Gabinete de Comunicação e Imagem, o Gabinete de Formação e o Gabinete de Investigação Clínica. “Reforçou-se a organização, a celeridade e o rigor na gestão dos processos administrativos”, salienta.
Ana Infante recorda que o número de consultas anual aumentou, durante o seu mandato, “na ordem das 50 mil, realizando-se agora cerca de 194 mil, efeito positivo do reforço das nossas capacidades estruturais e da criação de novas especialidades”. “Reduziram-se as listas de esperas cirúrgicas, com exceção da Ortopedia, muito devido à grande carga de traumatologia na região”. Implementou-se, ainda, “a Hospitalização Domiciliária, alternativa ao internamento convencional, com grande satisfação demonstrada pelos 760 utilizadores desta Unidade”. Criaram-se novas especialidades médicas: Cirurgia Torácica, Neurorradiologia, Reumatologia, Cirurgia Plástica e Imunoalergologia.
A presidente do conselho de administração sai na mesma altura em que foi criada a ULS Lezíria, numa lógica de reorganização administrativa que congrega sob a mesma gestão os centros de saúde e as unidades hospitalares. Foi durante a administração de Ana Infante que foram operacionalizadas diversas melhorias no Hospital de Santarém, visto há meia dúzia de anos como um dos piores do SNS na região, mas a responsável não terá resistido aos constrangimentos e às dificuldades inerentes ao funcionamento dos hospitais públicos.
“Estou certa que a nova equipa, que irá dirigir esta recente realidade, terá a oportunidade de fazer melhor do que foi feito nos últimos anos, em benefício da vasta população que servimos. Um agradecimento ainda para a colaboração que me foi prestada pelas mais diversas Instituições e pessoas individuais que, desse modo, me ajudaram nesta árdua tarefa”, conclui. Há um ano atrás, a presidente do conselho de administração dava uma Grande Entrevista ao Valor Local, na qual fazia referência aos principais investimentos que esperava concretizar no hospital como a criação de uma nova unidade de Cuidados Intensivos (ver notícia abaixo)
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