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Antiga professora de Casais da Lagoa vai ser homenageada

Elisabete Pessoa, 71 anos, é uma das duas professoras que a Junta de Aveiras de Baixo vai homenagear durante as comemorações do 25 de abril. Lecionou na freguesia nos anos 80, e deixou a sua marca junto de pais e alunos, que ainda hoje se lembram dela. Era conhecida por ser exigente, e por aplicar alguns castigos. Outros tempos! Esteve de 1982 a 1984 na escola de Casais da Lagoa. Ainda hoje vive na freguesia.

Com uma carreira preenchida, lecionou de 1975 a 2007. Foi conhecendo diversas transformações no ensino. No início e como professora de escola primária, nos tempos após o fim da ditadura, os alunos ainda tinham de decorar os nomes dos rios e das montanhas portugueses. Nos anos 2000, ensinar continuava a ser estimulante, mas a carga burocrática era cansativa. Passava muitas horas a tratar de papeladas fora da sala de aula. Nos anos 70 e 80 imperava a memorização dos conteúdos, nos anos 90 e 2000 a compreensão.

No início também notava que havia mais respeito pela figura do professor, quando as crianças “eram mais calmas e menos irreverentes” em comparação com tempos menos distantes. “Se bem que eu não tenho queixas a nível de comportamentos mais agressivos. Havia alguns alunos menos trabalhadores. Na escola sentia-me responsável por todos os alunos, não apenas os da minha sala de aula. Lá dentro eu era a mãe e a professora”. Quanto aos pais, “havia os mais e os menos colaborantes”.

Uso de telemóveis era realidade distante quando trabalhava

Quando saiu do ensino, os alunos ainda não andavam de telemóvel. Algo que hoje acaba por ser um desafio nas escolas e uma das principais questões. “Não havia tecnologia na sala de aula, só a biblioteca com computadores, que podiam ser utilizados pelas crianças”. A presença de quadros interativos também começou a ser normal, mas Elisabete Pessoa revela que nunca os utilizou. Foi fiel até ao fim ao giz e à ardósia.

Os tempos eram outros e Elisabete Pessoa não esconde que à semelhança de outras colegas, chegou a aplicar um ou outro tabefe aos alunos, algo que atribui ao cansaço, e ao stress próprio das aulas. Na altura não era mal visto. Estávamos nas décadas de 70 e 80, depois passou a ser proibido. “Tive muitos pais cujos filhos choraram quando souberam que eu seria a professora deles, não queriam, mas no final do seu percurso na escola acabavam por me agradecer”.

Quanto à homenagem da junta no Salão da Capela de S. João Baptista em Casais da Lagoa, no próximo dia 26 de abril, refere que vai receber o prémio não apenas em seu nome, mas de todas as colegas com quem trabalhou, nomeadamente, Ricardina Matos, a título póstumo, sua contemporânea. “Era uma boa colega e muito ativa, infelizmente faleceu ainda relativamente nova”.

José Fortunato Martins, presidente da junta de Aveiras de Baixo, dá a conhecer que todos os anos presta uma homenagem a figuras da freguesia. Já foram distinguidos antigos presidentes da junta, um poeta ferroviário e este ano a escolha recai nas duas professoras que lecionaram em Casais da Lagoa, “que foram emblemáticas no seu trabalho”.

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Catarina
Catarina
19 dias atrás

Deviam ter avisado todos os alunos a quem ela deu porradas valentes que batia com a cabeça nos quadros , que dava estaladas que caiam das cadeiras , que fugiam da escola pra não levar e irem chamar os pais a casa , todos esses pais e alunos deviam ter ido a esse momento dela … É uma tristeza darem palco a pessoas que não merecem é nada. Já vos disse que ela foi expulsa pelo ministério por dar porrada aos miúdos. Viva a vossa liberdade porque nos éramos crianças e não a podíamos ter . Que levávamos . Enfim

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