O Dia Mundial do Saneamento que se assinala, este domingo, dia 19 de novembro, foi aproveitado em Arruda dos Vinhos para o lançamento da primeira pedra da Fábrica de Água local.
A obra, da responsabilidade das Águas do Tejo Atlântico, terá um investimento de cerca de 5 milhões de euros e consta da remodelação de algumas infraestruturas e a construção de outras como a remodelação das etapas de pré-tratamento, tratamento biológico e de lamas, o que permitirá tratar a generalidade dos caudais efluentes à Fábrica de Água de Arruda dos Vinhos.
Esta é uma obra que vai servir cerca de 20 mil habitantes, e é há muito desejada pela autarquia de Arruda dos Vinhos, que aos poucos tem vindo a implementar no concelho a rede de saneamento, tendo conseguido em cerca de 10 anos, dobrar a cobertura, que era de 40 por cento em 2013, até aos cerca de 80 por cento em 2025, de acordo com o próximo orçamento municipal que deve ser aprovado no final do mês de novembro.
André Rijo, presidente da Câmara, destacou o empenho do antigo Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, em todo este processo. Para o autarca, o antigo governante e antigo presidente da SIMTEJO, deu um grande impulso ao projeto. Para o presidente da Câmara “Arruda tinha uma cobertura de saneamento inconcebível em pleno século XXI, e, portanto, fizemos tudo para arregaçar as mangas”.
O autarca anunciou que no orçamento para o próximo ano será efetuada “uma obra grande na localidade de Carvalha”, enquanto se conclui a segunda fase da “obra no Carrasqueiro”. “Chegaremos em 2025, também a A-do-Mourão”, deu a conhecer. Estimando, assim, que no final do ano de 2025, a taxa de tratamento no concelho ultrapassará os 80 por cento.
Com esta obra, André Rijo, diz que ficará resolvido um dos grandes problemas ambientais do concelho. Trata-se do Rio Grande da Pipa para onde ainda são deitadas águas residuais sem qualquer tipo de tratamento.
André Rijo lamenta que o seu executivo tenha de resolver problemas que deviam ter sido resolvidos no passado, e referindo-se ao PSD que governou a câmara até 2011, sublinhou: “São as opções políticas de cada um. Nós vivemos bem com a nossa opção política, e cá estaremos para fazer o que é preciso e ainda não foi feito”.
Nuno Brôco, presidente da Águas do Tejo Atlântico, destacou por seu lado a importância desta obra que deixa a empresa “orgulhosa”. O responsável anunciou que o final da obra da Fábrica de Água de Arruda deverá acontecer no primeiro semestre de 2025.
Nuno Brôco recordou todo o processo da reconstrução da Fábrica de Água, como “um parto difícil”, tendo em conta os dois concursos que ficaram desertos, recapitulando que os valores iniciais, quadruplicaram desde o início do projeto, passando de 1 milhão de euros para quase cinco milhões, valor pelo qual a obra foi finalmente adjudicada.
O responsável salientou, igualmente, os avanços tecnológicos desta Fábrica de Água e a sua importância para a utilização agrícola, até porque esta obra vai permitir “uma água tratada com muito mais qualidade para a utilização nas culturas”, vincando que é propósito da Águas do Tejo Atlântico, o melhoramento da qualidade do tratamento de águas residuais, dando um uso com cada vez mais qualidade às águas reutilizáveis.
Felicito pelo bom trabalho.que tem desenvolvido em prol do conselho sr Presidente