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Numa terra com 50 pessoas tudo gira em torno do Teatro do Soupo

Desde 2010 que o teatro é um dos cartões de visita da pequena aldeia do Soupo no concelho de Alenquer. A localidade da freguesia de Santana da Carnota reúne vários amigos em torno do gosto da representação. O grupo tem levado ao palco várias revistas à portuguesa para gáudio das plateias por onde tem passado, sempre com casa cheia. O Valor Local falou com estes amantes da arte que não sabem se têm muito ou pouco talento, mas a avaliar pela reação do público, o estímulo é positivo. Na origem desta aventura está Tiago Pereira que vive a dois passos da coletividade. Foi um dos que implementou o teatro na terra conjuntamente com mais algumas pessoas. Todas sem formação teatral. No Soupo não vivem mais do que 50 pessoas.

O teatro foi sempre em crescendo. Todos os anos tem estreado novas peças, exceto nos anos da pandemia. Inicialmente faziam parte desta companhia teatral meia dúzia de pessoas e hoje são o dobro. “Vai ou Racha”; “O Soupo regressa ao palco”; “Ora toma que é do Soupo”; “Viva a Revista”; “Bem-vindo à revista” e agora mais recentemente o “Há Revista para si” são apenas alguns dos nomes dos espetáculos que estrearam ao longo dos últimos 15 anos deste grupo. As revistas são escritas por André Camilo. Os principais apoios são da parte da junta e de algumas empresas. Quanto ao guarda-roupa é confecionado por três senhoras da terra. “O teatro é sobretudo importante no reforço dos laços de vizinhança entre todos. O Soupo chegou a ter cegadas, marchas e bailes que acabaram. A chegada do teatro foi uma alegria muito grande”, reforça,

Entretanto o teatro do Soupo ganhou asas e já levou as suas revistas a concelhos da região como Coruche, Azambuja, Vila Franca, Arruda, Mafra. As rábulas já náo podem ser apenas à volta das pessoas e das coisas da terra, tiveram de expandir o repertório de forma que entretenha qualquer pessoa de qualquer parte. Aos palcos da companhia também vem assistir aos espetáculos muito público de fora. Cada espetáculo dura 2 horas e meia e o preço do bilhete é de 10 euros, e sempre com casa cheia.

Entre os que integram este projeto existe a genuína satisfação de quem faz a diferença numa terra pequena e onde toda a vida cultural gira em torno da atividade deste grupo. É a opinião de Joana Horta, 31 anos, que vem da Pontinha para participar nos espetáculos. A ligação e o convívio que se criou é “insubstituível” na sua opinião tendo em conta que o teatro congrega pessoas de todas as idades.

A paixão pelo teatro é comum a todos

João Pereira é o coreógrafo do grupo e para a última revista incorporou a componente das danças de salão neste espetáculo. A ideia foi bem aceite pelos atores e dançarinos. “Aprenderam muito rápido e o resultado final foi muito gratificante”. Matilde Real é uma das bailarinas e classifica a experiência como boa. “As coreografias do João deram outra dinâmica e tornou-se muito mais interessante”. Nunca tinha dançado antes, e foi o teatro que despertou este interesse. Filipe Batista é pai de Matilde Real e de duas outras jovens que também estão no elenco, a par da esposa. Está à frente da parte técnica relacionada com o som e montagem de palcos e pode-se dizer que o teatro é uma atividade em família – “Nunca tinha ido ao teatro na vida. Isto é mesmo uma atividade fora do vulgar, mas estou a adorar.” Cláudia Correia esposa de Filipe Batista veio em 2019 só mesmo para experimentar e foi ficando. “Foi a minha primeira e única experiência e criei esta paixão. Tem sido surpreendente esta aprendizagem, porque também temos evoluído muito. Quando vamos para o palco é uma adrenalina”.

Francisco Silva foi um dos iniciantes do grupo de teatro. Nunca tinha experimentado ser ator, e “começou a correr bem”. Gostou de participar em todas as revistas, principalmente “A Dona Revista” que foi a primeira a ser levada para palcos fora da terra. “Cada público é um público, há aquele que é mais fácil, e outro em que temos de o ir buscar”. “A nossa companhia tem evoluído muito de revista para revista”.

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