Fátima Estêvão é a escolha da concelhia do Partido Socialista de Sobral de Monte Agraço para liderar o projeto daquele partido nas próximas eleições autárquicas.
Vereadora sem pelouros atribuídos na Câmara Municipal desde 2021, Fátima Estêvão é a presidente da concelhia do Partido Socialista, partido no qual milita desde 1999. Tem 58 anos, vive em Casais de São Martinho, freguesia da Sapataria, é licenciada em Sociologia, com pós-graduação em Gestão das Autarquias Locais. Autarca desde os 18 anos, desempenha, atualmente, funções como coordenadora do gabinete da presidência na Assembleia Municipal de Loures.
CDU é uma força “exausta no poder”
À Rádio Valor Local, Fátima Estêvão traça um retrato “um pouco cinzento” da gestão da CDU, que está à frente dos destinos da autarquia há muitos anos. A candidata considera que a CDU é uma força exausta no poder e que esta é uma ideia não só partilhada pelos socialistas, mas também por “muitos sobralenses”.
“Nos últimos anos, a Câmara Municipal tem tido uma atividade pouco dinâmica. Temos tido uma gestão cinzenta e estes últimos quatro anos foram praticamente perdidos a nível de vários projetos que acabaram por ser adiados e que não saíram do papel”.
Fátima Estêvão não tem dúvidas em sublinhar que o Sobral de Monta Agraço está estagnado “e que precisa de dinâmica e de mudança”. A candidata socialista fala na necessidade de colocar as populações a participar na gestão do território, e gostava de ver implantado um modelo de orçamento participativo no concelho.
Fátima Estêvão sublinha que na sua candidatura “o foco principal serão os sobralenses e as pessoas, porque é necessário haver uma cultura de participação” que levará “a um sentido de comunidade a todos os sobralenses e onde os sobralenses possam participar”.
Já no que toca à área da saúde, a candidata defende uma solução para a fixação de médicos, e dá o exemplo da implementação de “incentivos que possam captar clínicos para o concelho do Sobral”. Segundo a candidata, nesta altura, estão a dar consultas apenas dois médicos “para mais de 6 mil inscritos”, sendo que um dos clínicos, é mulher e está de baixa. Existem ainda mais dois médicos que estão em prestação de serviços, dois no Sobral e um na freguesia da Sapataria. “A extensão de saúde da Sapataria, neste momento, está em condições muito degradadas” pelo que urge a sua requalificação. Por isso, acusa o atual executivo de estar a demorar na sua recuperação. Fátima Estêvão acusa ainda o executivo liderado por José Alberto Quintino de ter falhado a apresentação de projetos tendo em conta o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)
Segundo a candidata, “o único projeto apresentado foi no âmbito da estratégia local de habitação, num valor irrisório, se assim podemos dizer 19 mil euros, e apenas para a produção de um documento” sobre o parque habitacional no território.