A Unidade Local de Saúde (ULS) do Estuário do Tejo vai robustecer o seu programa de saúde escolar junto dos estabelecimentos de ensino dos cinco concelhos da sua área de influência em alinhamento com o Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE). Entre outras atividades a desenvolver inclui-se “a promoção de competências sociais e emocionais, a educação alimentar, a atividade física, a prevenção de comportamentos aditivos e a educação para a sexualidade”, dá conta a ULS ao Valor Local. “Estamos a trabalhar em estreita colaboração com as escolas para adaptar estas iniciativas às necessidades específicas de cada comunidade educativa e contamos englobar outros parceiros importantes como a proteção civil, a PSP, a GNR, as Câmaras Municipais, entre outras que farão toda a diferença para o sucesso destas intervenções nesta população escolar.”
Nesta altura, a ULS está também a avaliar a necessidade de reforçar as equipas com mais profissionais de saúde, enfermeiros, psicólogos e nutricionistas, entre outros. Durante a cerimónia de apresentação deste novo programa, no dia 17 de janeiro, Carlos Andrade Costa, presidente do conselho de administração da ULS reforçou o empenho dos profissionais neste desiderato, salientando, contudo, que demorará o seu tempo até produzir efeitos. “Vamos centrar a nossa ação na infância e na adolescência e não podemos querer resultados em dois ou três anos, porque este é um investimento a longo prazo”
A Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo identifica que uma das principais áreas de trabalho no âmbito deste plano passará por uma intervenção urgente no domínio da saúde mental, nomeadamente, na prevenção da violência e desenvolvimento de competências emocionais. Noutra área de atuação, o combate à obesidade infantil está também na mira dos profissionais bem como a promoção de comportamentos sexuais saudáveis. “Estas áreas foram identificadas como prioritárias para intervenção, de acordo com o Referencial de Educação para a Saúde.”
É neste âmbito que também entram em cena, os médicos de saúde pública que desempenharão “um papel crucial na coordenação e implementação das atividades de saúde escolar”. “As suas funções incluem a avaliação das necessidades de saúde da população escolar, o planeamento de intervenções adequadas, a monitorização e avaliação dos programas implementados e a promoção de políticas que favoreçam ambientes escolares saudáveis.” As equipas de saúde escolar terão uma presença regular nas escolas com visitas programadas de acordo com as necessidades identificadas em cada comunidade educativa.
Nos diferentes graus de ensino, as temáticas a abordar também serão diferentes. No ensino pré-escolar e 1.º ciclo, o foco será na promoção de hábitos de higiene, alimentação saudável e desenvolvimento de competências sociais e emocionais. No 2.º e 3.º ciclos, serão abordados temas como a prevenção de comportamentos aditivos, educação para a sexualidade e saúde mental. No ensino secundário, além de aprofundar estas temáticas, serão incluídas questões relacionadas com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e preparação para a vida adulta.
Assegura ainda a ULS que foram identificadas lacunas significativas no conhecimento sobre saúde mental, nomeadamente na gestão de emoções e prevenção da violência, bem como na compreensão dos riscos associados ao consumo de tabaco, álcool e outras substâncias entre as crianças e os jovens dos cinco concelhos de Azambuja, Vila Franca de Xira, Alenquer, Benavente e Arruda dos Vinhos. “Para além disso, verificou-se a necessidade de reforçar a educação para a sexualidade, promovendo comportamentos responsáveis e informados.”
A Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo “está empenhada em trabalhar em parceria com as escolas, famílias e comunidades para promover a saúde e o bem-estar das crianças e jovens da nossa região. Reconhecemos que a promoção da saúde em contexto escolar é fundamental para o desenvolvimento de cidadãos saudáveis e informados, capazes de tomar decisões conscientes ao longo da vida.”, conclui.