O vereador da CDU na Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Nuno Libório, voltou a trazer à discussão, em reunião do executivo, a questão dos prejuízos provocados pela intempérie Martinho ocorrida em abril passado. Este fenómeno meteorológico, que afetou fortemente a região entre os dias 4 e 7 de abril de 2025, trouxe consigo chuvas intensas, e cheias súbitas que atingiram particularmente as zonas ribeirinhas e rurais do concelho de Vila Franca. Estradas ficaram cortadas, taludes cederam, linhas de água galgaram os limites e várias infraestruturas públicas e privadas sofreram danos consideráveis, levando a autarquia a falar, na altura, em prejuízos que poderiam atingir os dois milhões de euros, embora, como frisou agora o presidente da Câmara, Fernando Paulo Ferreira, esse montante ainda não esteja formalmente apurado.
Durante a sessão, Nuno Libório questionou o executivo se se mantém essa estimativa alegada anteriormente, e se, por outro lado, existe alguma possibilidade de apoio financeiro através da Área Metropolitana de Lisboa ou de outras entidades públicas, no sentido de compensar os prejuízos causados às populações e ao património municipal.
O vereador apontou também casos concretos que considera preocupantes, como a situação verificada na estrada de acesso à Calhandriz, onde a degradação de infraestruturas de telecomunicações junto à via representa, segundo Libório, um risco evidente para a segurança rodoviária. “A Câmara deve agir com maior diligência junto das entidades competentes para resolver estas situações com urgência”, afirmou.
Na resposta, o presidente da autarquia, Fernando Paulo Ferreira, reiterou que o levantamento dos danos ainda está a decorrer, e adiantou que não há, até à data, qualquer linha de financiamento aberta que permita apoiar os municípios afetados pelo temporal. “Estamos a utilizar recursos próprios para garantir a resposta imediata às situações mais críticas, como aliás está refletido no ponto da ordem de trabalhos desta reunião”, destacou o autarca.