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Lélio Lourenço: “O Portugal que queremos”

Dados recentes do semanário Expresso revelam que cerca de 30% dos jovens que nasceram em Portugal, entre os 15 e os 39 anos, decidiram-se pela emigração em busca da concretização dos seus sonhos pessoais e profissionais.

E estes são dados verdadeiramente reveladores do falhanço das políticas públicas nesta área (mais um resultado da desastrosa governação socialista).

Remete-nos para os idos de setenta do século passado quando Adriano Correia de Oliveira cantava sobre o que se passava em Portugal e Espanha. “Este parte, aquele parte e todos, todos se vão. Galiza ficas sem homens que possam cortar teu pão.” Com a grande diferença de que os atuais emigrantes são jovens, rapazes e raparigas, com sólidas preparações científicas, são afinal a geração mais bem preparada de sempre e que o Pais está a desperdiçar depois de investir fortemente na sua formação.

O Pais investiu bastante e agora não aproveita o enorme potencial destes jovens fortemente capacitados e que faziam tanta falta na renovação do nosso tecido económico em todas as áres de produção. E agora é confrangedor saber que vão acrescentar valor e riqueza nos países de acolhimento quando faziam cá tanta falta.

E o que dizer da separação das famílias, que a par do Estado também investiram muito na formação dos seus filhos, nalguns com os sacrifícios que só Deus sabe e agora os vêm partir em busca de salários e projetos de vida que o seu País manifestamente não lhes consegue oferecer.

Precisamos urgentemente de políticas públicas que alavanquem a produção de riqueza e o crescimento económico de modo a estancar esta fuga e até criar condições objetivas que permitam a muitos regressar ao seu País e aqui se realizarem pessoal e profissionalmente. Isto não se faz com uma varinha mágica nas sim com políticas públicas que permitam ao País mais ambição e crescimento. Como aquela história que se conta muito quando no pós-25 de Abril, numa visita de Estado a Estocolmo, Olof Palme terá questionado Otelo Saraiva de Carvalho sobre o propósito da revolução.

Perante a resposta “acabar com os ricos”, Palme ter-lhe-á dito que, na Suécia, estavam há 20 anos a tentar acabar com os pobres. Acresce que em Portugal para acabar com os pobres não podemos ter na esfera da governação o Partido Socialista e os seus compagnons de route, Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português A escolha é óbvia, nas eleições de 10 de março é preciso votar na Aliança Democrática comandada por Luís Montenegro !!

 

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