As notícias são pouco animadoras para a população de Sobral de Monte Agraço que com maior ou menor frequência utiliza a estrada nacional 248 nos seus trajetos para chegar a Torres Vedras. A estrada está encerrada ao trânsito desde março devido a um aluimento de terras. A Infraestruturas de Portugal (IP) é a entidade à qual cabem os trabalhos que se desenrolam em território de Torres Vedras. Em resposta ao Valor Local, o município de Torres Vedras salienta que segundo a IP “estão a ser envidados todos os esforços para que até ao final do próximo mês de agosto seja possível reabrir a via, em circulação alternada, assegurando condições de segurança rodoviária para os veículos ligeiros e transportes públicos de passageiros”
A intervenção completa neste troço do KM6+ 600 com vista à estabilização da plataforma rodoviária terá um prazo de 240 dias pelo que apenas no final do ano a circulação estará completamente regularizada. O município de Torres, que rececionou a obra, ainda deu a entender que poderia vir a construir uma estrada alternativa enquanto durassem os trabalhos, mas “o investimento nesta obra temporária não se justifica, sobretudo quando temos em conta que a breve prazo será possível reabrir a via em circulação alternada.”
Ouvido pelo Valor Local, o presidente da Câmara do Sobral, José Alberto Quintino, lamenta o tempo que ainda vai decorrer até que a via seja reaberta ao trânsito- “Trata-se de um enorme transtorno, espero que seja reaberta o mais depressa possível”. A autarquia, dá conta, tem pressionado os responsáveis da obra, mas ainda aguarda por uma intervenção da IP na Nacional 248-2 em Pé do Monte e na Nacional 115 no Forte de Alqueidão à conta dos estragos da tempestade Martinho. Em marcha estão os procedimentos para as obras nas estradas municipais mais afetadas pelo fenómeno meteorológico em causa em Valdevez (já aberta à circulação), Limões (Sapataria) e Penedo Gordo.
Para já a população do Sobral tem como alternativas para chegar a Torres, a A8 e a estrada de S. Domingos de Carmões, em que terá de ser feita a ligação por Via Galega através de um desvio até se chegar a Dois Portos, já depois do aluimento de terras. Torna-se mais difícil a circulação neste trajeto para os pesados, “porque se trata de uma estrada muito estreita e com pouca largura”, diz José Alberto Quintino.
Obras na mesma estrada entre Arruda e Sobral pouco avançaram
A Infraestruturas de Portugal, entretanto, iniciou as obras na Nacional 248 no troço entre Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço, mas os avanços foram mínimos de acordo com o vice-presidente da Câmara de Arruda, Paulo Pinto. O PSD na autarquia quis saber o ponto de situação numa das últimas reuniões da autarquia. O vereador socialista resume os trabalhos efetuados a uma “intervenção minimalista”.
Paulo Pinto informou que a obra vai ter um prazo de 240 dias, ou seja, oito meses. Consecutivamente, esta via tem estado encerrada ao trânsito, dificultando a circulação de quem se desloca entre os dois concelhos, obrigando a um desvio via Zibreira de Fetais. Um estado de coisas considerado como muito crítico entre os dois concelhos.