Na rubrica Primeira Impressão, o Valor Local dá agora a conhecer Pedro Gil, novo presidente da União de Freguesias de Manique do Intendente, Vila Nova de São Pedro e Maçussa. Eleito como independente, Pedro Gil sucede a José Avelino, da CDU, formação política onde também integrou o anterior executivo. A sua vitória representa uma mudança significativa no mapa político local, com a freguesia a passar para novas mãos e a promessa de uma gestão próxima e participada.
Com 47 anos, nascido e criado em Manique do Intendente, Pedro Gil mantém um discurso sereno mas decidido. Fez toda a escola na vila até ao 9.º ano. Depois rumou a Santarém, onde concluiu um curso técnico de eletricidade e eletrónica, e mais tarde ingressou na carreira de guarda prisional, profissão que exerce atualmente no estabelecimento prisional das Caldas da Rainha.
A decisão de se candidatar à Junta foi amadurecida ao longo do último ano. O convite surgiu por iniciativa do presidente Silvino Lúcio e exigiu ponderação. “Tenho dois filhos, uma rapariga que vai fazer 18 anos e um rapaz de 21, e só agora senti que tinha disponibilidade para abraçar este desafio. Antes, a família estava em primeiro lugar.”
A ligação à freguesia é antiga e afetiva. “Tenho todas as minhas memórias aqui: os amigos, a escola, as brincadeiras de infância. O meu círculo de amizades estende-se também à Maçussa, Vila Nova e Arrifana. Este território é a minha casa.”
Fora da política, Pedro Gil revela um lado ativo e multifacetado. Gosta de pesca, parapente e trilhos de natureza. O karaté é o seu desporto de sempre, que pratica desde os 13 anos e mantém até hoje. Já foi caçador e dedica-se ocasionalmente a corridas de trail.
Sobre a forma de estar na vida pública, define-se como uma pessoa crítica e determinada. Gosta de perceber o que está bem e o que pode ser corrigido. Esse espírito crítico ajuda-o a identificar falhas e a procurar soluções. Quando se envolve em algo, fá-lo de corpo e alma. “Não faço por vaidade, faço por dever.”
No diagnóstico à freguesia, identifica desafios comuns a muitas zonas do país. A habitação, a saúde e a segurança são problemas transversais. Alguns podem ser resolvidos localmente, outros cabe à Junta encaminhar para as entidades competentes.
As prioridades para o início de mandato passam por uma transição tranquila e pela manutenção da qualidade dos serviços. “É importante que não se perca ritmo entre mandatos. Queremos uma passagem de pastas bem articulada.” Depois, vêm as obras e a valorização do território. “Temos um programa realista e queremos cumpri-lo no mais curto espaço de tempo possível. Uma das prioridades será apostar na área turística, melhorar a sinalética que oriente os visitantes para o nosso património: o Palácio do Infante D. Luís em Manique, a Praça dos Imperadores, o Castro de Vila Nova de São Pedro, o Povoado de Manique. São locais visitáveis, mas sem qualquer indicação nas estradas. Precisamos de mostrar o que temos.”
Na pergunta de encerramento da rubrica Primeira Impressão, que desafia cada novo autarca a resumir o que quer deixar marcado, Pedro Gil responde com simplicidade e gratidão. A primeira palavra é de agradecimento. Ganhámos com uma maioria clara, mas o mérito é de toda a equipa. Queremos trabalhar com coerência, justiça e em prol das pessoas. A primeira impressão que quero deixar é de confiança, proximidade e trabalho em conjunto.








