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Nuno Henriques arrasa executivo PS da Câmara de Alenquer e promete ser ainda mais implacável

O vereador do PSD na Câmara de Alenquer, Nuno Henriques, promete uma segunda metade do mandato com uma oposição ainda mais implacável, referiu, esta terça-feira, durante uma conferência de imprensa, nos paços do concelho. O autarca fez um balanço deste mandato, e referiu-se aos temas quentes que têm animado os dois primeiros anos do mandato 2021-2025. Nuno Henriques assinalou ainda que tem o apoio do partido a nível nacional para ser o candidato à Câmara em 2025, algo do qual, deu a entender, não abdicará, apesar de não se ter entendido ainda com a concelhia laranja local.

Numa altura e quando ainda faltam dois anos para o fim do mandato, o PS que governa o município já regista duas baixas de peso com a saída de Rui Costa, ex-vice-presidente da autarquia, e Dora Pereira, a número três. Nuno Henriques considerou que o executivo PS tem acumulado casos atrás de casos. O autarca já tinha defendido a saída da vereadora pela sua participação “desastrosa” em alguns temas da sua gestão, como o caso Santos e Vale; as incompatibilidades entre alguns dos seus pelouros e o facto de ser casada com o chefe de divisão da área administrativa e jurídica, passando pela circunstância de ter “aprovado a mudança de nome de 20 ruas só neste mandato”, sem que tal passasse pela comissão de toponímia e respetiva aprovação da Câmara, numa “clara usurpação de poderes”. O autarca lembrou ainda o facto de terem sido suprimidas das atas passagens das suas intervenções nas reuniões de Câmara.

Nuno Henriques confidenciou mesmo que teve acesso à carta de despedida de Dora Pereira que segundo lhe pareceu foi escrita de “uma forma muito seca”, “sem muitos agradecimentos ao contrário daquilo que é normal nestas circunstâncias”. Questionado pelo Valor Local se a saída de Dora Pereira significava uma vitória política pessoal, apressou-se a responder que não. “Tomara eu que ela fosse competente e que levasse o mandato até ao fim, mas a culpa é de quem lhe deu os poderes”.

O vereador referiu-se a uma gestão camarária cansada, fruto de décadas do PS no poder, em que o amiguismo, e os interesses instalados de alguns se sobrepõem ao bem comum da população do concelho. No seu entender este mandato tem sido pontuado por casos graves, como o da Santos e Vale em que estão dois processos em tribunal por parte dos moradores; o da demolição de uma casa em Cabanas de Chão porque supostamente estava em perigo e que culminou em mais um problema jurídico para o município, bem como o caso das garantias bancárias que não foram executadas no que respeita a uma urbanização na Merceana; mas também o concurso para a criação da Polícia Municipal, “que mais parece estar desenhado à medida, porque a Câmara se recusa a inscrever a palavra licenciado, pois acreditamos que tem de ser alguém com formação superior”.

O impasse na obra dos laboratórios da Escola Secundária Damião de Góis, na reabertura do mercado municipal,  e a estagnação do dossier da Chemina foram outros dos pontos lembrados. O autarca não deixou ainda de evocar o caso de um carro da Câmara que desapareceu em 2015 e que nunca foi encontrado, “sem que houvesse sequer um inquérito interno”. Nuno Henriques considerou, em resumo, que o município é gerido “com vários atropelos à legalidade” que redundam em dores de cabeça para a autarquia.

Na próxima assembleia municipal de Alenquer, o Chega vai apresentar uma moção de censura à Câmara face aos últimos acontecimentos, mas Nuno Henriques não defende essa posição. “Os mandatos são para cumprir e como tal acho que este executivo deve ir até ao fim. E estas duas pessoas da equipa de Pedro Folgado também deveriam ter refletido muito bem e não se terem demitido, porque o povo vota numa equipa. O que queremos é ajudar Pedro Folgado a terminar o seu mandato com dignidade. Não vamos apresentar moções de censura por politiquice”.

O Valor Local questionou o vereador se haveria mais do que simples razões profissionais para a saída de Rui Costa e Dora Pereira. Nuno Henriques opinou que “provavelmente perceberam que não estavam a fazer um bom trabalho”; “ou perceberam que isto se pode complicar”, deixou no ar. “Sempre defendi que Dora Pereira não tinha condições para continuar, mas não estava à espera que Rui Costa saísse para ir trabalhar numa empresa de vinhos que, curiosamente, era a mesma que estava presente naquela exposição em Madrid, muito publicitada pelo site e pelas redes sociais do município como se Alenquer estivesse em grande destaque. Fui de propósito a Madrid e o que lá estava eram quatro garrafas dessa empresa no stand da Oestecim. A opção dele foi sair para essa empresa, mas quando confiamos o mandato a um conjunto de pessoas esperamos que vão até ao fim, desde que não estejamos a falar de questões de saúde ou outras mais relevantes que possam levar a uma saída”.

Nuno Henriques que assume desde já a sua vontade em encabeçar mais uma candidatura autárquica em 2025, pese embora os episódios que têm envolvido a concelhia e este vereador, concluiu que gerir Alenquer faz parte dos seus sonhos e assim colocar o concelho no mapa da Grande Lisboa. Aos jornalistas, Nuno Henriques deixou o aviso: “Nos próximos dois anos vou colher tudo o que semeei”.

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